Jovane Guissone (à direita) enfrenta o ucraniano Naumenko na Olimpíada de 2016: apoio da ADFP (foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB)

Uma das principais formadoras de talentos paralímpicos do Brasil, a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP) mantém uma das melhores equipes de esgrima em cadeira de rodas do país em número de atletas e resultados esportivos. Só para se ter uma ideia, o atleta da ADFP Jovane Guissone conquistou a medalha de ouro em Londres, em 2012, e a prata em Tóquio, em 2021. Guissone começou a praticar o esporte em 2008. Ele perdeu os movimentos das pernas em 2004 ao levar um tiro após reagir a um assalto.

Além da esgrima, a associação mantém esportistas distribuídos em modalidades como a natação, triátlon, tênis de mesa adaptado, bocha paralímpica, paratletismo e no tiro esportivo. A associação tem aproximadamente 70 atletas. Dois estão representando o Brasil na modalidade de bocha paralímpica atualmente em Montreal, no Canadá. O esporte serve não apenas a reabilitação física, mas também para a inclusão social de pessoas com deficiência física.

Reabilitação

Fundada em 1979, a ADFP foi criada com o objetivo de instituir e coordenar amplos serviços de assistência de reabilitação aos deficientes físicos. Os atendimentos abrangem Curitiba e região metropolitana e são voltados a crianças, adolescentes e idosos com deficiência física de ambos os sexos, a partir dos seis meses de idade, não havendo uma idade limite para os atendimentos. A associação inicia o programa de reabilitação por meio de atendimentos através do serviço social, mercado de trabalho, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, educação, dança e esporte.

“A ADFP é uma instituição sem fins lucrativos que presta serviços gratuitos à população há mais de 40 anos e tem como prioridade o respeito ao ser humano, independentemente do grau de comprometimento físico e a situação social e econômica que venha possuir”, conta Alexandre Salum, presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná. “No atual cenário econômico, a entidade necessita de recursos para que assim possamos dar continuidade ao trabalho fornecido gratuitamente, por meio de diversos serviços prestados, dentre eles fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, serviço social, mercado de trabalho, educação, dança e esporte a todos os nossos usuários, sendo pessoa com deficiência física e intelectual moderada associada.”

Atualmente, a entidade atende a cerca de 350 pessoas, entre pacientes e familiares. “Aceitamos todos os tipos de doações. De alimentos, roupas, acessórios móveis a produtos em geral, que podem ser destinados aos nossos usuários ou até mesmo vendidos em nosso bazar para que possa ser revertido em recursos financeiros para a nossa instituição”, afirma Salum. A ADFP faz atendimentos por meio de projetos com a Fundação de Ação Social (FAS), da Prefeitura de Curitiba.

Frase

“A responsabilidade social é um compromisso com a vida, portanto todos somos responsáveis uns pelos outros.”

Alexandre Salum, presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná.

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FICHA

Associação dos Deficientes Físicos do Paraná

Quando começou: Fundada em 4 de agosto 1979.

Forma de atuação: Equipe própria e voluntariado.

Quais são as ações praticadas: Fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, serviço social, mercado de trabalho, educação, dança e esporte.

Quantas pessoas atende: 350 pessoas de Curitiba e região metropolitana.

Parceria com órgãos públicos: Com a Fundação de Ação Social.

Como colaborar: O projeto aceita ajuda de voluntários e a doação de alimentos, roupas e produtos em geral. Interessados em ajudar podem entrar em contato por meio do telefone (41) 3264-7234 ou pelo email [email protected].

O projeto Rede do Bem
Para comemorar os seus 40 anos, o Bem Paraná criou o projeto Rede do Bem, que vai reunir o perfil de 40 entidades e ONGs de Curitiba voltadas a ajudar causas relevantes para sociedade. Até a data do aniversário do Bem Paraná, no dia 17 de junho deste ano, serão publicados os perfis das entidades às quartas, quintas e sexta, com o objetivo de divulgar o trabalho e assim fomentar a participação da sociedade.